domingo, 29 de abril de 2018
Trabalhos, debater com si mesmo pode?
Então, estou lendo os textos, realizando anotações e refletindo. Estou lendo Pedagogia da Esperança - Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Me vejo em algumas situações, pois não terminei de ler a obra, provavelmente que eu irei ler novamente. Em um trecho do livro, Paulo Freire faz uma descoberta de si mesmo, não irá mais advogar. Decide que irá seguir ser educador.
Fiquei refletindo...e eu? o que eu quero? continuar lutando até descobrir que a missão inacabada de Paulo precisa de pessoas com vontade de ser. Poi é querer ser educador não é brincadeira, e para quem já é, um desafio.
A responsabilidade em alfabetizar, não é apenas ensinar a ler, mas ensinar a compreender o que está lendo. E através do conhecimento dessa leitura entender a mensagem. Apresentar o mundo aos alunos em um livro, pode ser monótono, mas tirar do livro o mundo e entregar ao aluno, é motivador.
domingo, 22 de abril de 2018
Empoderamento
Dentro
do amplo referencial Freireano, é importante realçar que o empoderamento não é
apenas um ato psicológico, individual, mas um ato social e político, pois o ser
humano, para Freire, é intrinsecamente social e político, é pessoa=relação. A própria
consciência é sempre social, já a partir da própria etimologia: scire - saber e
cum - com (GUARESCHI, 2006). Em muitos de seus escritos, Freire afirma que não
acredita numa autolibertação, mas que a libertação é sempre social e coletiva: Mesmo quando você se sente, individualmente,
mais livre, se esse sentimento não é um sentimento social, se você não é capaz
de usar sua liberdade-recente para ajudar os outros a se libertarem através da
transformação da sociedade, então você só está exercitando uma atitude
individualista no sentido do empowerment ou da liberdade. (1986, p. 135)
Em todas
as leituras, percebe-se o ato de lutar para se letrar através de nosso conhecimento.
Não apenas alfabetizar-se, mas conhecer-se. Descobrir-se como protagonista
deste ler o mundo, ter coragem para lutar a favor da democracia. Quarenta horas
de Angico e sem cartilha, em 1963 demonstrou a idéia de que podemos sim ir
além. Alfabetizar letrando , ensinar aprendendo e ouvindo as vivências.
Práticas que atuam na sala de aula, alfabetizar partindo da realidade do
educando, trabalhar o que também as crianças conhecem. Pois o trabalho de Paulo
Freire não é só para adultos, é também para alfabetizar crianças.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Reflexão Escolas Democráticas

Escolas
democráticas
Crianças
descem do ônibus e vão para a escola, bate o sinal.
Passa
as horas, períodos, na troca de períodos, as crianças trocam de salas, creio
que sejam salas temáticas. Em outro momento do filme, um grande cadeado é
colocado na escola, simbolizando assim seu fechamento.
Em
seguida aparece outra escola, aulas monótonas, cansativas, alunos demonstrando
desinteresse. O professor faz de tudo para chamar a atenção dos alunos, nada
funciona. Em outro momento, no corredor da escola, alguns alunos conversam e
tem uma idéia, a levam para o professor, que leva a idéia ao diretor e este a
coloca no lixo. Dispensa a idéia dos alunos.
Conclusão,
os alunos estão na escola para obedecer a ordens, receber conteúdos e não tem o
direito de expor suas idéias. Demonstrou
uma educação doentia e nada reflexiva, acolhedora e inclusiva.
Com
esta reflexão após assistir ao filme, foram desencadeadas várias palavras, na
qual escolhi sala temática e desmotivação.
Posso
ver nossa escola retratada nesse filme que assistimos. No momento estagnada em
conceber um projeto parado com menção de
produtivo, mas que não vi ainda funcionar. Infelizmente a vejo assim,
suas salas sem atrativos esperando os educandos, já desmotivados pelo ano
anterior.
Na visão de Freire (1981) a educação bancária
não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos
educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua
disciplina é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a
indispensável criticidade (p. 8).
Freire defende ainda um currículo
intrinsecamente motivador, que leve à reflexão, ao desenvolvimento do
pensamento crítico, defendendo uma configuração curricular baseada na abordagem
de temas, de problemas reais, através do que denominou de Tema Gerador, no
sentido de discutir a realidade vivida, tendo a vida pregressa do educando como
ponto de partida (FREIRE e SHOR, 1986; FREIRE, 1987). O Tema Gerador é obtido
através do processo de investigação temática (FREIRE, 1987).
O
que me motiva é que saber que nossa escola é pioneira em pesquisa sócia
antropológica e que eu tenho autonomia para trabalhar em sala de aula.
Realizamos sim a pesquisa, no momento está estagnada. As coisas não andam,
parece o filme a mesmice e um grande cadeado no portão. È muito lindo quando
funciona, tu tens uma pergunta desencadeadora, a comunidade no centro e as
falas das famílias, elege-se então uma que nós nos desacomodamos e então nasce
o tema gerador de FREIRE. Fazemos então uma busca em cima do tema gerador,
trabalha-se a mensagem da comunidade e tenta-se dentro da realidade vivida
compreender o pensamento que se forma nessa geração que foi abordada e cria-se
o método para o ensino. Sendo o currículo flexível, encontramos respostas e
juntamente com a área e turno integral, trabalhamos dentro das temáticas
abordadas e juntos articular soluções.
Juntamente
com tudo que ocorre, não podemos deixar de lado que cada educando tem uma
história, uma vida, uma família e tudo que ocorre em sua vida refletem na
escola e em seu futuro. Destaco a desmotivação
dos educandos por não ter uma boa relação
afetiva com seus professores ou família.
O
que nos reporta para as leituras realizadas ao longo do curso sobre os três
pensadores que com seus estudos sobre o pensamento das crianças, o
desenvolvimento e inteligência. Cito, Lev Vigostki , Jean Piaget e Henri
Wallon.
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