
Escolas
democráticas
Crianças
descem do ônibus e vão para a escola, bate o sinal.
Passa
as horas, períodos, na troca de períodos, as crianças trocam de salas, creio
que sejam salas temáticas. Em outro momento do filme, um grande cadeado é
colocado na escola, simbolizando assim seu fechamento.
Em
seguida aparece outra escola, aulas monótonas, cansativas, alunos demonstrando
desinteresse. O professor faz de tudo para chamar a atenção dos alunos, nada
funciona. Em outro momento, no corredor da escola, alguns alunos conversam e
tem uma idéia, a levam para o professor, que leva a idéia ao diretor e este a
coloca no lixo. Dispensa a idéia dos alunos.
Conclusão,
os alunos estão na escola para obedecer a ordens, receber conteúdos e não tem o
direito de expor suas idéias. Demonstrou
uma educação doentia e nada reflexiva, acolhedora e inclusiva.
Com
esta reflexão após assistir ao filme, foram desencadeadas várias palavras, na
qual escolhi sala temática e desmotivação.
Posso
ver nossa escola retratada nesse filme que assistimos. No momento estagnada em
conceber um projeto parado com menção de
produtivo, mas que não vi ainda funcionar. Infelizmente a vejo assim,
suas salas sem atrativos esperando os educandos, já desmotivados pelo ano
anterior.
Na visão de Freire (1981) a educação bancária
não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos
educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua
disciplina é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a
indispensável criticidade (p. 8).
Freire defende ainda um currículo
intrinsecamente motivador, que leve à reflexão, ao desenvolvimento do
pensamento crítico, defendendo uma configuração curricular baseada na abordagem
de temas, de problemas reais, através do que denominou de Tema Gerador, no
sentido de discutir a realidade vivida, tendo a vida pregressa do educando como
ponto de partida (FREIRE e SHOR, 1986; FREIRE, 1987). O Tema Gerador é obtido
através do processo de investigação temática (FREIRE, 1987).
O
que me motiva é que saber que nossa escola é pioneira em pesquisa sócia
antropológica e que eu tenho autonomia para trabalhar em sala de aula.
Realizamos sim a pesquisa, no momento está estagnada. As coisas não andam,
parece o filme a mesmice e um grande cadeado no portão. È muito lindo quando
funciona, tu tens uma pergunta desencadeadora, a comunidade no centro e as
falas das famílias, elege-se então uma que nós nos desacomodamos e então nasce
o tema gerador de FREIRE. Fazemos então uma busca em cima do tema gerador,
trabalha-se a mensagem da comunidade e tenta-se dentro da realidade vivida
compreender o pensamento que se forma nessa geração que foi abordada e cria-se
o método para o ensino. Sendo o currículo flexível, encontramos respostas e
juntamente com a área e turno integral, trabalhamos dentro das temáticas
abordadas e juntos articular soluções.
Juntamente
com tudo que ocorre, não podemos deixar de lado que cada educando tem uma
história, uma vida, uma família e tudo que ocorre em sua vida refletem na
escola e em seu futuro. Destaco a desmotivação
dos educandos por não ter uma boa relação
afetiva com seus professores ou família.
O
que nos reporta para as leituras realizadas ao longo do curso sobre os três
pensadores que com seus estudos sobre o pensamento das crianças, o
desenvolvimento e inteligência. Cito, Lev Vigostki , Jean Piaget e Henri
Wallon.
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