
Influências na educação
A educação
está sendo um desafio, os métodos a serem trabalhadas, novas práticas
alicerçadas a teorias inovando a educação obtendo resultados. De acordo
com Japiassu (1994), “o especialista se reduz àquele que, à causa de saber
cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada”. Relacionando
a fragmentação do ensino e de saberes individualizados, a falta de
interdisciplinaridade em área distinta, detendo o conhecimento sem compartilhar
saberes.
É
por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque
constitui uma inovação. Todo o novo incomoda. Porque questiona o já adquirido,
o já instituído, o já fixado e o já aceito.”( JAPIASSU, p. 48-55).
Através
das influências do Taylorismo, nasceu o Fordismo , método melhorado para
trabalhos em escala e produção ocasionando mudanças ao longo da história . Após,
veio o toyotismo , sistema para melhorar a produção otimizar o tempo dando importância ao trabalho em equipe, produção sem estoque,
participação de todos nas tomadas de decisões à informatização e tecnologia,
surgiu após a crise do fordismo.
As
práticas baseadas no fordismo na educação não foram diferentes, impedia de o indivíduo
ter reflexão crítica e realizar escolhas. Contudo as pessoas foram perdendo sua
autonomia, aceitando o sistema. As disciplinas sendo trabalhadas isoladamente,
não tendo conexões com a realidade dos alunos, mantinham apenas a ordem em decorar,
não contribuindo para o aprendizado e conhecimento, e os discentes em dar-lhes
a nota e discipliná-los, preparando-os
para mão de obra funcional.
Desde o início do século XX, John
Dewey, um dos fundadores da Escola Ativa, critica as instituições de ensino que
obrigam os alunos a trabalharem com uma excessiva compartimentação da cultura
em matérias, temas, lições e com grande abundância de detalhes simples e
pontuais. O resultado é que, como estratégia para sobreviver nas salas de aula,
meninos e meninas passam a acumular em suas mentes uma ―sobrecarga de
fragmentos sem conexão uns com os outros, que só são aceitos baseados na
repetição ou na autoridade‖ (Dewey, J., 1989, p. 159).
Contudo, Santomé faz uma analogia
entre a fábrica e a escola onde somente cada empregado é responsável pela sua
área, não há necessidade de aprender além do que precisa. Entende-se
que a educação tem movimentos, está fragmentado, está em construção desde a
metade do século xx, e como estamos vivenciando o século XXI, é um desafio para
nós educadores educar sem conhecer. Tantas teorias, lutas e conquistas, estão
ensinando o quê? Um currículo oculto.
Bibliografia
DEWEY, J., 1989, p. 159
JAPIASSU, Hilton. A
questão da interdisciplinaridade. Revista
Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p.
48-55, 1994.
SANTOMÉ,
Jurjo Torres Jornal a Página da Educação nº 87 - Janeiro de 2000, pg. 11
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