sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Reflexões...


                                             Desconstruir e construir

 Assistimos o filme O extraordinário , conta a inspiradora e emocionante história de August Pullman. Com deficiência facial rara, que até agora, o impediram de ir a uma escola convencional, Auggie, se torna o mais improvável dos heróis quando ele ingressa na 5ª serie de uma escola comum.  A minha intenção foi de desacomodar as crianças, desafiando-as a refletir sobre a personagem, proporcionando a empatia. Consegui, houve momentos de risos e também lágrimas. Se colocar no lugar do outro é essencial no mundo em que vivemos. E se quisermos transformar algo, que seja o melhor em cada um de nós. 

Nos últimos meses, foi realizada algumas produções textuais sobre o Bullying, acho que posso dizer " carro chefe do ano" , pois fomos diariamente bombardeados ao chegar a sala de aula com inúmeras reclamações de pais e alunos.  Em alguns momentos tive vontade de voltar do portão, deixar os problemas pessoais pendurados do lado de fora na grade da escola e pegar na saída. Muitas vezes, acho que a maioria de nós ao longo de nossas vidas. 
Mas foi difícil, trabalhar com tantas diversidades na escola. 
Um pai alcoólatra, mas presente. 
Uma mãe submissa ao marido, vindo com o olho roxo
Famílias obcecadas pela religião que escolheram
Aviões do tráfico
crianças com histórico de abandono
abuso e pedofilia
furtos na escola entre os alunos
furto de meu celular por minha aluna 
crianças vítimas do tráfico e suas familias
perdas familiares
doenças

Isso só em nossa sala de aula. 
Acho que nunca havia trabalhado tanto os valores, a família fragmentada por separações e tudo mais. E nós professores, também ali vivendo juntos. Foram 200 dias de muitas conversas e participações ativas. Resolver? em parte, sim.
Os irmãos foram recolhidos ao conselho tutelar, pois vendiam balas no sinal, foi um ano complicado para as crianças.

As notícias também foram as protagonistas de grandes debates...pedofilia, assassinatos no bairro, violências ...política, preso políticos, eleições 
E as crianças ali, vindo â escola. 
Acreditando em nós e nós acreditando nelas, que um dia desses farão a diferença, a boa diferença.


O pai alcoólatra?  continua  alcoólatra
A mãe que apanhou? revidou
As crianças das famílias obcecadas pela religião? estão se questionando
Em grande parte o conselho tutelar é acionado e é assistido pela justiça.

Tem coisas que não podemos resolver...o duelo de nossa própria existência, também há nos outros.
Tem coisas que não mudam, outras até melhoram.
è o caso de muitos professores. Como é bom ver e olhar
Falar em libras também é bom, quando acabou a bateria e a pessoa está do outro lado da janela.

E o outro lado, 30 alunos,  3 reprovados, 1 infrequente.
Falta de frequência e participação nas aulas, perder a concentração, falta de compromisso. Infelizmente, houve reprovações.





Último dia de aula






Último dia de aula
     
...Acreditamos no comprometimento que Freire nos apresenta como elemento fundamental à prática que pretendemos desenvolver. Esse comprometimento porém,não pode ser restrito apenas a um grupo de profissionais envolvidos com o ato de educar, é algo bem grandioso, é algo que deve envolver todos aqueles e aquelas que de uma forma ou de outra pontuam presença na prática educativa de nossa escola. Todos aqueles e aquelas que acreditam que nossas crianças, que nossos alunos convivem num ambiente rico onde o enfrentamento de problemas e a luta constante de sobrevivência são questões tão pontuais e cheias de significado então podemos dizer que estamos reinventando nossa própria escola. 




                              Conselho de classe e avaliações 

        Segundo  Hoffmann (2000), registrar, significa estabelecer uma relação teórico/prática sobre vivências, os avanços, as dificuldades oferecendo subsídios para encaminhamentos, sugestões e possibilidades de intervenções para pais, educadores e para o próprio aluno.
         Através de observações, foram proporcionadas atividades que auxiliassem os alunos do 5anoC e 5ano B para poderem desenvolver suas habilidades e competências através de algumas práticas. 
         Cito algumas, no qual todos os alunos trabalharam em sala de aula. Construção da tabuada através de conjuntos, desenvolvimento da escrita dos números por extenso através da caixa dos números em tiras,  conhecendo a ordem das classes em matemática. Na língua portuguesa, produções textuais entre os grupos, teatro e debates sobre os temas das aulas e do cotidiano.
         A cada obstáculo observado, consultava o pedagógico e as famílias. Foram conversas significativas ao longo do ano. A compreensão e a busca por auxilio especializado faz toda a diferença na aprendizagem das crianças.
                            

Retrospectiva 2018 



      Ao iniciar o ano de 2018 com a turma do 5ºano C,  realizei muitas descobertas através de trabalhos lançados para as crianças. Uma fala em meados de abril, de que faríamos uma escrita de coisas que gostamos, coisas que não gostamos e que também não temos coragem de contar aos pais ou amigos. Embarcamos então para uma história que ao longo do ano teve outro desfecho.
      Pedi que escrevessem em uma folha do caderno , não era necessário se identificar. O propósito era para eu conhecer e compreender as crianças que estavam sob minha responsabilidade e auxiliá-las no processo ensino aprendizagem. Pois alguns alunos já haviam sido meus alunos no ano de 2017. Dentre esse  alunos, com muita dificuldade de leitura e escrita, pois quando em 2014 realizei um trabalho com alguns na função de professor apoiador (função extinta pelo estado atual).
     Ao recolher as folhas, isto era uma sexta-feira, guardei-as para ler no fim de semana.  Liberei as crianças para o recreio, mas duas estavam na sala de aula e uma chorando. Me aproximei e perguntei o que houve. Uma das meninas me disse, -sora , ela tá com medo. 
   Eu ainda não havia entendido sobre o quê. A criança veio então a me abraçar e chorar. Então compreendi o que havia acontecido. Convidei-a para conversar e ela concordou. Perguntei se poderia conversarmos na orientação escolar, lá poderíamos ter melhor compreensão das coisas. A menina ( 10 anos) relatou que vinha sendo molestada por seu padrasto a tempo, sempre no horário que a mãe estava no trabalho. Foi chamado a mãe imediatamente na escola, quando ela chegou, foi recebida pela direção e conselho tutelar.  Foi feito B.O , e foi assim que as coisas se sucederam. Após a mãe negou, disse que a criança inventou para proteger o companheiro. O depoimento da criança é rico em detalhes, pedi uma cópia para guardar. 
Na semana seguinte, foi acionado o Ministério Público, dando seguimento no caso. Na mesma semana, a mãe transferiu a menina para outra escola do bairro. Fica então uma criança a merce da violência sexual, dentro de sua própria casa. 

No sábado fui lendo e a cada leitura identificava alguns, pela letra, desenhos, folha do caderno. Ao ler, fui imaginando a cena descrita, com mágoa e dor como estava escrito. Chorei. Houve um estupro ali naquelas linhas, a criança escreveu como e quando aconteceu e quem era. Fiquei chocada e esperei a segunda feira. Como proceder novamente?
   Não consegui identificar quem escreveu, era outro caso.  Esperei. Na mesma semana, descobrimos dois casos de abuso sexual, ao meio dia quando estávamos nos preparando para o turno integral, outra aluna se aproximou e disse: -sou eu , a menina da carta. Eu tinha 7 anos quando aconteceu, falei pra minha mãe, mas ela disse que o pai iria matar o sobrinho, filho de seu irmão. Então me calei. Mas não consigo viver com isso, as festas de natal e fim de ano, ele está lá. 
Perguntei a ela, se ela me autorizava a falar com sua mãe, ela disse que sim. Conversei primeiro com a orientação escolar, depois chamamos a mãe.
Com a mãe, procedi da seguinte forma, fui conversando com ela sobre as produções textuais e fui mostrando o trabalho de algumas, alguns sorrisos, pois tinha coisas engraçadas, escolhi as que ela deveria ler, pois eu preparei minha estratégia. Eu queria que ela sentisse alegria e ao mesmo tempo se preocupasse com o que sua filha havia escrito, no momento ela parou e já reconheceu a história. Chorou, pois um relato de um filho ao professor dói muito, o professor é considerado um amigo.  
Pedimos então a ela que conversasse com a filha, que estava na sala ao lado. Ao vê-la, abraçou-a e pediu-lhe perdão. Foi uma cena forte. A mãe assinou uma ata de que levaria a menina para apoio profissional adequado e que teria uma conversa com o marido. 
O retorno que tivemos tempos depois, foi de saber que o marido está preso por causa do tráfico e que não houve conversa nenhuma. Ficou então a menina ( 11 anos) com essa tarefa difícil para enfrentar. A mãe, falu com a orientação da escola que não iria mais a reunião familiares onde o individuo estaria. Hoje com 25 anos e casado ( relato da mãe).

Então ficou assim, eu de olho nas crianças e monitorando de longe.  

Em outros momentos , parece que estou no momento certo o até quem diz no momento errado. Um dia comum, fui a turma 5ano B para ver alguns alunos que estavam em minha chanada, mas não estavam presentes, eram alunos novos. Bati na porta como de costume e entrei. Havia uma aluno soqueando outro que estava sentado. A professora estática, então me aproximei e disse para parar. Ele me olhou e reclamou que o "cara não tá fazendo nada" , é para ele parar de ficar rindo.  Pedi para ele ir para o outro lado da sala, a professora dele foi para a rua, nesse momento fiquei olhando para ele e ele se aproximou de mim e disse: -sora, tu não sabe nada da minha vida, não sou quem tu acha que sou. E me mostrou uma arma na cintura.  Então eu ignorei ele e falei para os outros, vim convidar voces para uma atividade na quadra, está acontecendo um jogo e nossa turma tá esperando.  Venham em fila rapidinho pra gente ir jogar. E fui levando as crianças atras de mim... até a secretaria.  Quando cheguei lá, disse para eles sentarem e me esperarem. 
No retorno a sala de aula, vi que dois brigadianos haviam levado o aluno ( 14 anos) e que a mãe dele estava aos gritos. Ele já havia batido em uma professora na entrada e tinha acabado de dar um soco em outra. A arma ele escondeu, os brigadianos não acharam, não sei se era de brinquedo, também não tive que pensar muito, a ideia e a tirar as crianças da sala em segurança. 

Em outro episódio, a professora da sala ao lado se formou, (era estagiária) e a atual entrou em licença maternidade. Os alunos então ficaram uma parte comigo e outra parte na sala do 5A .
A aula ia bem até... que um aluno do  5B que estava conosco, perguntou se eu queria ver um brinquedo que ele tinha na mochila... (droga! pensei outra pedreira!)
Mas mantive a postura e lhe disse: -não, não quero ver!   em seguida falei: -quero ver sim! me mostra
O menino tirou da mochila uma base de uma raquete de matar mosquito com dois pregos na ponta ! funcionando, dando choques! era uma arma caseira. 
Pedi então para ver melhor e lhe disse: sabe que isso não é permitido né? ...sabia que hoje como está chovendo e tu estás com esse objeto de choque, podes matar uma pessoa com a carga elétrica? que um adulto até pode aguentar um choque, mas uma criança e uma pessoa idosa ou cardíaca não?
 Ele então disse que era fraquinho e que não doía. Eu lhe disse então: _ então eu vou testar em mim mesmo... ele ficou me olhando... e ...zzz
 Tomei um choque louco! e pedi que ele me acompanhasse a secretaria. Lá conversamos com o diretor e este chamou o pai ( era mecânico). Nunca mais o aluno trouxe essas coisas pra escola. Também não evolui na aprendizagem, só fica de zoeira. Ele é aluno do 5A. Era aluno do 5B. 

Muito bem, essas histórias são verdadeiras, se eu estava ou não no lugar errado eu não sei... 
                                             
                                          Assim como propagou seu educador maior FREIRE "  [ ...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar" ( Freire, in Brandão, 1983, p. 101).


      São relatos que eu gostaria de ter escrito antes, bem no inicio, mas não estava a vontade, agora estou. 


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                                    Disciplina eletiva " Matemática"

   Foi disponibilizado duas disciplinas para escolhermos nesse semestre. Escolhi matemática para aprender e poder ensinar melhor. Aprendi a trabalhar de outra forma, com mais desenhos, construindo com as crianças o nosso aprendizado, e registrando. 
   Em nossa feira de ciências, ocorrida no mês de outubro, a matemática nos auxiliou bastante. Medidas, o tempo e a construir nossa maquete no palco. 
  Desenhar com cubinhos, formas geométricas e malha quadriculada incluirei sempre às aulas. Foi uma experiência muito boa, que eu se tivesse oportunidade de cursar outra graduação, seria a escolhida.
        A disciplina escolhida foi para eu incluir com mais eficiência, uma prática feita pouco, da maneira que nos foi apresentada. 



O olhar, o ver e o cartografar


                                       Morro do Chapéu, visto de nossa escola



                                         O olhar, o ver e o cartografar


      Realizamos no inicio do curso, Seminário Integrador, “Retratos da escola”. Lembro-me da professora noz dizendo que faríamos conexões com esse trabalho ao longo do curso. A proposta de ver e olhar a escola, em diferentes aspectos de observar e de descrever.         O texto, Observação, registro e reflexão, de Madalena Freire, nos mostram que ao observar nos propõe duas concepções, ver e olhar. Em sala de aula, temos muitos objetos de estudo, pessoas, ambientes, situações. Ouvir, olhar, ver, observar e escutar faz parte da construção de todo o trabalho a ser desenvolvido para uma análise maior. Um estudo de caso, por exemplo, reunimos todas as informações necessárias para buscar recursos e futuras intervenções.        Já no texto, O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo de Virgínia Kastrup, é semelhante. Apesar de lidar com a observação, descrição, a reflexão é sobre a análise do objeto e a função que acontece com as reflexões do objeto cartografado.Pois ela nos explica sobre quatro variedades da atenção do cartógrafo, o rastreio, o toque, o pouso e o reconhecimento atento. 
         Foi pedido para que nós fizéssemos um trabalho fotografássemos e utilizássemos o aplicativo Evernote para gravar em áudio nossas observações através da cartografia. Foi interessante, pois em vários momentos, parei para “ver” e descrever a minha intenção. Também fui traída por uma imagem do Morro do Chapéu ( podemos enxergar de longe) quando estava descrevendo a paisagem, vi que a imagem que eu tinha na memória, havia sido tomada por outra imagem do morro , agora um pouco menor aos meus olhos. Não foi a mesma que observei há anos.

Bergson (1897/1990a) afirma que sempre que o equilíbrio sensório-motor é perturbado, há uma exaltação da memória involuntária. Constantemente inibida pela consciência prática e útil do momento presente, isto é, pelo equilíbrio sensório-motor, essa memória aguarda simplesmente que uma fissura se manifeste entre a impressão atual e o movimento concomitante para fazer passar suas imagens. O interessante é que o conceito de reconhecimento atento desmonta a noção tradicional de reconhecimento, pautada na idéia do rebatimento da percepção numa imagem prévia ou esquema correspondente. A originalidade da análise bergsoniana é apontar que o processo de reconhecimento não se dá de forma linear, como um trajeto único ou uma marcha em linha reta. Não se faz através do encadeamento de percepções ou de associação cumulativa de idéias. O reconhecimento atento ocorre na forma de circuitos.


           Ao realizar essas práticas de cartografar a escola, sugeri as crianças que também o fizessem, analisando as filmagens, pude perceber várias passagens no texto tomando forma através dos relatos e das imagens capturadas.



FREIRE, Madalena. Educando o olhar da observação - Aprendizagem do olhar. In FREIRE, MadalenaObservação, registro e reflexão. Instrumentos Metodológicos I. 2ª ED. São Paulo : Espaço Pedagógico, 1996.
Kastrup, V. O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. Psicologia & Sociedade, 19(1), 15-22, 2007.              

terça-feira, 18 de dezembro de 2018




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                   Feira X desmotivação + protagonismo =  Unir pessoas          

   Muito bem, sempre fui ativa e não posso ver coisas paradas, no momento que o grupo da feira foi se formando, observei por umas duas semana. Conversei com os colegas do grupo, vimos as turmas que iríamos trabalhar, fizemos um grupo no Whats para trabalhar juntos. O trabalho começou a fluir, as opiniões foram se organizando e eu fui buscando ajustes também fora do grupo.
 Busquei apoio de nossos colegas Dóris ( Matemática), João Rodrigo( geografia), Bernadete (Português) , Vera ( curriculo) pois iríamos construir um trabalho, cenários, fantasias , coreografias e um teatro com caixas de papelão e precisávamos que todos avaliassem os alunos  a nota deles também sairia da   feira ( deu muita discussão na área por causa disso, pois alguns alunos não queriam participar. Me senti uma protagonista em atuar como mediadora de conflitos e de desânimo, mas deu tudo certo.  Conversei com os colegas e aos poucos fui tomando a frente, delegando metas e objetivos para nosso grupo. Fiz o cronograma dos ensaios, os temas nós escolhemos juntos, fui mostrando que conseguiríamos e aos poucos foi tomando forma. Os alunos quando vinham trabalhar na sala de aula ou no galpão, no início estavam achando que seria moleza e pouco importante. Foi sendo mostrado que tudo seria feito em conjunto e que eles iriam realizar tudo. Começou um movimento muito bonito de pessoas em prol de um objetivo. 
Outra coisa muito importante, foi a escolha da disciplina complementar  (matemática) já com a intenção de conhecer como melhorar o ensino no currículo. 

 Observando o grande grupo de alunos,várias faixas etárias . Pensei em muitas teorias que diariamente se apresentava aos meus olhos. Praticamente todos os teóricos trabalhados no Pead! Foi um grande laboratório de pesquisa, mas eu ganhei muito. Foram dias de observação, os grupos de séries diferentes trabalhando juntos, o que pode ou não influenciar os comportamentos. Por isso colocava diferentes musicas para trabalharem em conjunto. Ouvi algo assim: que música é essa sora? eu respondia , não sei estava no pendrive. ( o que eu realmente queria era deixar que se permitissem gostar de outros gêneros musicais. Mas a turma que eu estaria trabalhando como estagiária era o 5ano C.  Mas trabalhamos juntos, combinamos um horário, cada dia seria uma turma juntamente com o 5ano C.  Articulei dessa forma, para não prejudicar o trabalho.

   " [ ...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem coma sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e anunciar"(
                                         (FREIRE, in Brandão, 1983, p.101).




A feira e a escola


              Feira de Ciências e Projeto de Aprendizagem

Iniciamos o ano com a temática de trabalhar Mangás animes e games na feira de ciências que acontece de dois em dois anos, através do voto dos alunos. Foi com essa intenção, eleger através do voto, o tema escolhido. Não foi nada fácil, trabalhar com um assunto que em nossa escola, um ou dois professores dominavam. Foi através dele que conhecemos os temas e fomos pesquisando e buscando alternativas de trabalho. Foi mesmo um grande desafio.
Houve várias discussões sobre o assunto, power point para descobrir o que eram. Valeu a pena, incluir-se no mundo dos mangás, animes e games. 
Os grupos de trabalho foram eleitos como sempre, sorteio. Iniciamos a pesquisa logo que recebemos o ano que apresentaríamos, ano 2000. Elegemos os dez animes de 2000, as séries mangás e games. Foi um pouco desgastante, pois nós tivemos que adaptar o tema aos conteúdos! Foi massante!
Sugeri então para o grupo, nos games (minecraft), Animes e Mangás (Naruto, Yu gi ho, Deaht note, super heróis).
Fizemos produções textuais, histórias, desenhos no formato de mangás ( inicia pelo fim do livro primeiro o quadrinho da direita, depois esquerda, tudo em preto e branco, Escolhemos a data da mostra da feira, estava tudo indo muito bem até...decidirem realizar a feira no mês de outubro. Na feira se trabalha o tema, mas sem esquecer da pesquisa sócio-antropológica que ficou em segundo plano. 







domingo, 16 de dezembro de 2018


                                 Um embate a ser resolvido




   
          Retirei a postagem abaixo, da aula do dia 12/03/2018. Vai exatamente contra o trabalho realizado no estágio. Foi de um curta metragem que assistimos no Pead. As cenas descritas abaixo , mostram exatamente o que pode acontecer em algumas escolas.
         Com o Seminário Integrador , podemos observar as mudanças que foram atribuídas ao longo dos estudos. A maneira de se expressar, aprender a ouvir, falar menos ouvir mais. Estou aprendendo isso, com o estágio e a proposta de trabalhar com P.AS, foi de inicio um desafio, desafio agora é parar, acho que não vou conseguir, depois de ter vivenciado tantos momentos importantes .

Gosto de pensar na obra de Paulo Freire (Medo e Ousadia), me identifico com a leitura. Ultimamente tenho sentido medo, as vezes ousadia, pensar fora da caixa!
Tenho refletido o que escrever, como falar, mas também não quero ser artificial, tenho meu jeito de tudo. Se conhecer é importante, saber onde vai também.



segunda-feira, 12 de março de 2018




Nossa primeira aula no seminário integrador, assistimos o curta metragem Escolas Democráticas, no qual descrevo algumas cenas que chamaram-me a atençao.





Escolas democráticas

Crianças descem do ônibus e vão para a escola, bate o sinal.
Passa as horas, períodos, na troca de períodos, as crianças trocam de salas, creio que sejam salas temáticas. Em outro momento do filme, um grande cadeado é colocado na escola, simbolizando assim seu fechamento.
Em seguida aparece outra escola, aulas monótonas, cansativas, alunos demonstrando desinteresse. O professor faz de tudo para chamar a atenção dos alunos, nada funciona. Em outro momento, no corredor da escola, alguns alunos conversam e tem uma idéia, a levam para o professor, que leva a idéia ao diretor e este a coloca no lixo. Dispensa a idéia dos alunos.
Conclusão, os alunos estão na escola para obedecer a ordens, receber conteúdos e não tem o direito de expor suas idéias.  Demonstrou uma educação doentia e nada reflexiva, acolhedora e inclusiva.
Com esta reflexão após assistir ao filme, foram desencadeadas várias palavras, na qual escolhi sala temática e desmotivação.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


O Inicio do estágio

Dia 10/09/2018, iniciei o estágio obrigatório na escola Cônego José Leão Hartmann. Está sendo realizado através de metas. Quando iniciei o estágio, não tinha noção do trabalho. Pois o estágio em minha opinião é mais detalhado, há mais teorias a serem pesquisadas. Encontrar a fundamentação teórica para cada momento é trabalhoso, exige persistência e prática.
Com o planejamento em andamento , já tinha um esboço do trabalho, que teve que ser reorganizado através do P.A.S. A compreensão da escolha e curiosidade das crianças que, através do tema escolhido por elas é a linha de pensamento que irão seguir, pude fazer paralelamente o trabalho com os conteudos dos planos de ensino, tudo pela pesquisa das crianças. Construi com elas o que tinham curiosidade em descobrir.
No inicio do estágio tivemos a professora Liliana, nos explicou como seria o trabalho, quais metas a seguir, o que fazer e como fazer. O primeiro passo era ler a obra de Zaballa e compreender para aplicar.