sábado, 6 de julho de 2019

Revisitando a postagem: Provas piagetianas



Revisitando a postagem: Provas Piagetianas

Ao ler algumas da postagens dos Eixos anteriores, vejo que o aprendizado vai se organizando em níveis. Revendo as leituras e comparando com as realizadas no final do curso, compreendo que o tempo para entender o processo em que as crianças passam de um nível para o outro é fato.
Produzindo o Trabalho de conclusão do curso, aprendi que as crianças estando em um determinado nível, sem ter passado pelo nível anterior, elas podem não compreender, pois seu pensamento sobre o objeto de estudo não está fundamentado em seu saber.

   Proposta de Prova Piagetiana realizada com aluno Pedro , 8 anos 2 º ano.
Professora - Pedro vou dar sequencia em nossas pesquisas, vou te dar um material.
O que tem nas mãos Pedro? 
Pedro- Correntes
Prof- correntes? a prof, observa que ele fala no plural.
Pedro- são duas, uma maior e outra menor.
 Pedro distingue o material, dizendo que tem mais ferro e valoriza sua resposta utilizando um vasto vocabulário, explica e argumenta a possibilidade do material ter mais ferro e o outro menos.
Resolve pesar para ver qual é o mais pesado e o leve.
Pedro explica que um vai para cima e outro vai para baixo.
A professora então sugere trocar o material para nova experiência. 
A professora alcança brinquedos de E.V.A tartarugas .
Pedro pesa uma de um lado e duas do outro, conclui e explica que uma é leve como uma pluma e a outra pesada como uma pedra.
Pedro pede outro material para pesar, a prof lhe dá fichas de E.V.A.
A prof pergunta o que ele fará:
 Pedro  coloca dois de cada lado, explica que os dois tem o mesmo peso e conclui que o material é leve como uma pluma.

quinta-feira, 4 de julho de 2019





   QUE ARTE É ESSA?

Trabalhar com as crianças é ter a oportunidade de aprender com elas, pois entendem de Arte.







                                                 
Módulos interativos a partir das vivências das crianças partindo de proposições
Objetivo: proporcionar as crianças um momento de criação através do experimento
Justificativa: Promover a integração e a dialogicidade
Desenvolvimento: através do diálogo, propor aos pequenos que brinquem e que construam seus brinquedos e brincadeiras através dos materiais disponibilizados em sala de aula.
Culminância: exposição e reflexão da criação das obras e fotos.
* letras
* cordão
* Fita crepe
* papel crepom
* Lápis de cores
* Bichinhos em pelúcia
* prendedores
* copos plásticos
* lã
* outros
Iniciei falando que faríamos um trabalho diferente e que para isso precisaríamos realizar algumas etapas. Escrevi a data na lousa, logo escrevi o título Arte Contemporânea.
Segui, perguntei as crianças se sabiam ou se ouviram em algum lugar, a resposta foi não. Pedi que desenhasse um retângulo, um quadro no caderno. Todos fizeram, então pedi que dentro do quadro fizessem um desenho que eles achassem o que poderia ser arte contemporânea.
Alguns desenharam um unicórnio, outro fez uma casa, pessoas. Depois pedi que fizessem outro retângulo e que desenhassem uma paisagem. Todos fizeram, uma praia, uma ilha, umas árvores.
Após, olharem seus desenhos e mostrarem os colegas, falei que iríamos observar as coisas que havia na escola. As paredes, os objetos, cartazes, tudo que pudéssemos notar e observar.
Dividiram-se em grupos de três alunos, e assim foram. Na volta das observações, voltamos para a sala de aula. Eu já havia disponibilizado a mesa com os materiais descritos acima. Convidei aos alunos para olharem os objetos sob a mesa e que pensassem em fazer uma criação, fazer arte, que usassem os matérias disponíveis e também o que estivesse na sala de aula para a realização do trabalho. No inicio acharam estranho, mas começaram a produzir a arte acontecendo na sala de aula, as crianças gostaram de criar a sua própria arte. Fizemos uma exposição e registramos com fotos.

Um ser inacabado / Artes visuais



Reflexão


A arte em questão em minha educação como ser inacabado
As aulas de educação artística, como me foi apresentada em sala de aula, trazia os  lápis de cores, as tintas têmperas, a borracha e o lápis de escrever. Muitas vezes, as folhas mimeografadas carregavam um cheiro forte de álcool. Os desenhos feios, distorcidos marcaram  minha memória, hoje eu sei que foi um tanto de desleixo por parte da professora, em melhorar o material, sem a fazê-lo com pressa, passando na sala de aula e pondo pra secar rapidinho sob as classes para nos entregas para pintar.
Foi assim mesmo, só pintura em folha de oficio, desenho livre, que eu vinha a reproduzir ano após ano o professor Daniel Azulai que eu assistia na TV, seus desenhos me inspiravam. Assistia na TV e reproduzia no papel na sala de aula, na aula de artes.
Fui aprender a ver e a ler a arte, através de meus filhos, olhando seus cadernos e livros sobre arte.  Aprender no Pead nessa interdisciplinar, não tive muito tempo para dedicar as artes, uma falha.  Uma falha que não pretendo perpetuar, pois tenho a intenção de apresentar a arte para as crianças a partir das ideias que me foram apresentadas e outras ideias que surgem.

Artes visuais, um pouco tarde...



Estudando e realizando as atividades , senti-me frustrada ao ler a obra. Tudo que eu precisava estava aqui, na frente dos meus olhos e eu não vi. Vi depois, agora com entusiasmo, para usar adiante em outra ocasião.
Falo da obra de Maria Alice Proença, que traz para nós em como ela iniciou trabalhar com os Projetos e quais caminhos, quais teóricos estavam engajados em proporcionar tal trabalho, pesquisando e nos mostrando os resultados.
Faço então uma breve reflexão de que nós podemos utilizar a metodologia de projetos abrangendo qualquer tema, pois ele é investigador, diferente, traz o aluno para o centro, o centro de interesse dele.
Os trabalhos realizados em grupo permitem que se organizem, dialoguem, debatam e escolham.
A obra de Maria Alice Proença, tive a oportunidade de conhecer na interdisciplina de Artes visuais, um tanto tardio no processo de construção de meu Tcc, mas cedo pra a vida.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Construindo Projetos de Aprendizagem



Projetos de Ensino X Projetos de Aprendizagem

Na escola em que realizei o estágio, estava em andamento uma pesquisa socioantropológica que visava encontrar soluções para a saúde da comunidade através do tema gerador que nós professores havíamos escolhido através das entrevistas feitas na comunidade.
Em paralelo ao Trabalho de pesquisa que fazia parte do plano de ensino da escola, organizado pelos professores, eu trouxe a proposta de Projetos de Aprendizagem, que é trabalhado da seguinte forma:
     Dialoga-se com os alunos da classe, explica-se como funciona o trabalho.

1º Que será através de temas que eles tem curiosidade em pesquisar, organizando-se em grupos fazendo perguntas
2º Escolhe-se as perguntas e em seguida cria-se o mapa conceitual contendo as dúvidas temporárias e as certezas provisórias
3º Através da construção dos mapas conceituais agrega-se informações,podendo ser antes dúvidas temporárias que agora podem ser certezas provisórias e vice versa.
4ºPlano de ação (filme, teatro,cadernos de anotações, cartazes..)
5º Relatório




Projetos de Aprendizagem

Os projetos de aprendizagem, são iniciados pelas certezas provisórias e dúvidas temporárias dos aprendizes, vinculando aos seus saberes prévios. Estas certezas correspondem o que naquele determinado momento da aprendizagem os alunos tomam como verdade sobre um assunto. As dúvidas são o que eles gostariam de aprender a mais sobre o assunto. Nada impede, e provavelmente irá ocorrer, que no percurso dos projetos muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas; ou, ainda, geram outras dúvidas e certezas que, por sua vez, também são temporárias, provisórias”. (FAGUNDES, 1999, p. 17).


Após a definição do tema/problema, certezas provisórias e dúvidas temporárias, parte-se para o desenvolvimento do projeto de aprendizagem através de pesquisas, busca de informações. Não é objetivo de um projeto de aprendizagem fazer com que o aluno apenas copie informações, o que não modificaria o enfoque transmissivo praticado em sala de aula. Segundo Fagundes, buscar a informação em si, não basta. É apenas parte do processo para desenvolver um aspecto dos talentos necessários ao cidadão. Os alunos precisam estabelecer relações entre as informações e gerar conhecimento”. (1999, p. 23).

Trecho extraído do artigo “Metodologia de apoio ao processo de aprendizagem via autoria de objetos de aprendizagem por alunos” de Juliano Tonezer da Silva, Léa da Cruz Fagundes, Marcus Vinicius de Azevedo Basso, CINTED-UFRGS, julho, 2008. Disponível no site: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2008/artigos/1e_juliano.pdf


Reflexões e coragem


As páginas em branco...
Quanto tempo eu a pensar..
Voltei a escrever o Tcc. Estou com postagens atrasadas mas vamos em frente!

Voltando ao estágio, li e reli o que escrevi, consegui escrever um resumo, uma introdução, algumas referencias bibliográficas, mas ainda estou presa as palavras.

Revendo algumas postagens, relendo coisas dos semestres anteriores, lembrando das atividades realizadas. è importante esse movimento de busca, enquanto escrevo penso no Tcc.
Voltando as leituras, encontrei sobre Piaget, os estágios, sendo minha turma de idades variadas, pude ver algumas ideias.

Em busca do conhecimento



Em busca do conhecimento
Para a realização da escrita, fui ler o que havia estudado, pois eu precisava de embasamento teórico para relacionar o que eu havia trabalhado e escrito. Faltava encontrar o caminho. Eu tinha que ter o inicio, busquei em Piaget.


A Epistemologia Genética de Jean Piaget tem como interesse estudar a gênese das estruturas cognitivas, explicando-a pela construção mediante a interação radical entre sujeito e objeto.
Para Piaget (1983, p. 236), o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores. É o “caráter integrativo” segundo o qual “as estruturas construídas numa idade dada se tornam parte integrante das estruturas da idade seguinte”. Ou seja, a partir do nascimento, inicia-se o desenvolvimento cognitivo e todas as construções do sujeito servem de base a outras.
 

"Relacionei os estágios com os alunos, com isso pude enxergá-los."



Estádios de desenvolvimento


 Piaget diz que os estádios de desenvolvimento:
- obedecem a uma ordem de sucessão constante;
-  apresentam idades variáveis. 
        
O desenvolvimento cognitivo dá-se na relação com o meio, porém, ele é individual. O estádio em que um indivíduo se encontra “é radicalmente individual, não pode, pois, ser confundido com o de nenhum outro indivíduo” (BECKER, 2001, p.187).
Podem existir diferenças para as médias de idades entre as culturas, mas existem, também, diferenças de um sujeito para outro em uma mesma cultura.

"Em uma sala de aula, existe várias pessoas com diferentes personalidades, através dessa reflexão busquei compreender em qual estágio estariam meus alunos."

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor. O cotidiano da escola. 9ed. Petrópolis: Vozes, 2001.


PIAGET, Jean. Problemas de psicologia genética. São Paulo: Abril Cultural, 1983.