sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Reflexões...
Desconstruir e construir
Assistimos o filme O extraordinário , conta a inspiradora e emocionante história de August Pullman. Com deficiência facial rara, que até agora, o impediram de ir a uma escola convencional, Auggie, se torna o mais improvável dos heróis quando ele ingressa na 5ª serie de uma escola comum. A minha intenção foi de desacomodar as crianças, desafiando-as a refletir sobre a personagem, proporcionando a empatia. Consegui, houve momentos de risos e também lágrimas. Se colocar no lugar do outro é essencial no mundo em que vivemos. E se quisermos transformar algo, que seja o melhor em cada um de nós.
Nos últimos meses, foi realizada algumas produções textuais sobre o Bullying, acho que posso dizer " carro chefe do ano" , pois fomos diariamente bombardeados ao chegar a sala de aula com inúmeras reclamações de pais e alunos. Em alguns momentos tive vontade de voltar do portão, deixar os problemas pessoais pendurados do lado de fora na grade da escola e pegar na saída. Muitas vezes, acho que a maioria de nós ao longo de nossas vidas.
Mas foi difícil, trabalhar com tantas diversidades na escola.
Um pai alcoólatra, mas presente.
Uma mãe submissa ao marido, vindo com o olho roxo
Famílias obcecadas pela religião que escolheram
Aviões do tráfico
crianças com histórico de abandono
abuso e pedofilia
furtos na escola entre os alunos
furto de meu celular por minha aluna
crianças vítimas do tráfico e suas familias
perdas familiares
doenças
Isso só em nossa sala de aula.
Acho que nunca havia trabalhado tanto os valores, a família fragmentada por separações e tudo mais. E nós professores, também ali vivendo juntos. Foram 200 dias de muitas conversas e participações ativas. Resolver? em parte, sim.
Os irmãos foram recolhidos ao conselho tutelar, pois vendiam balas no sinal, foi um ano complicado para as crianças.
As notícias também foram as protagonistas de grandes debates...pedofilia, assassinatos no bairro, violências ...política, preso políticos, eleições
E as crianças ali, vindo â escola.
Acreditando em nós e nós acreditando nelas, que um dia desses farão a diferença, a boa diferença.
O pai alcoólatra? continua alcoólatra
A mãe que apanhou? revidou
As crianças das famílias obcecadas pela religião? estão se questionando
Em grande parte o conselho tutelar é acionado e é assistido pela justiça.
Tem coisas que não podemos resolver...o duelo de nossa própria existência, também há nos outros.
Tem coisas que não mudam, outras até melhoram.
è o caso de muitos professores. Como é bom ver e olhar
Falar em libras também é bom, quando acabou a bateria e a pessoa está do outro lado da janela.
E o outro lado, 30 alunos, 3 reprovados, 1 infrequente.
Falta de frequência e participação nas aulas, perder a concentração, falta de compromisso. Infelizmente, houve reprovações.
Último dia de aula
Último dia de aula
...Acreditamos no comprometimento que Freire nos apresenta como elemento fundamental à prática que pretendemos desenvolver. Esse comprometimento porém,não pode ser restrito apenas a um grupo de profissionais envolvidos com o ato de educar, é algo bem grandioso, é algo que deve envolver todos aqueles e aquelas que de uma forma ou de outra pontuam presença na prática educativa de nossa escola. Todos aqueles e aquelas que acreditam que nossas crianças, que nossos alunos convivem num ambiente rico onde o enfrentamento de problemas e a luta constante de sobrevivência são questões tão pontuais e cheias de significado então podemos dizer que estamos reinventando nossa própria escola.
Conselho de classe e avaliações
Segundo Hoffmann (2000), registrar, significa estabelecer uma relação teórico/prática sobre vivências, os avanços, as dificuldades oferecendo subsídios para encaminhamentos, sugestões e possibilidades de intervenções para pais, educadores e para o próprio aluno.
Através de observações, foram proporcionadas atividades que auxiliassem os alunos do 5anoC e 5ano B para poderem desenvolver suas habilidades e competências através de algumas práticas.
Cito algumas, no qual todos os alunos trabalharam em sala de aula. Construção da tabuada através de conjuntos, desenvolvimento da escrita dos números por extenso através da caixa dos números em tiras, conhecendo a ordem das classes em matemática. Na língua portuguesa, produções textuais entre os grupos, teatro e debates sobre os temas das aulas e do cotidiano.
A cada obstáculo observado, consultava o pedagógico e as famílias. Foram conversas significativas ao longo do ano. A compreensão e a busca por auxilio especializado faz toda a diferença na aprendizagem das crianças.
Retrospectiva 2018
Ao iniciar o ano de 2018 com a turma do 5ºano C, realizei muitas descobertas através de trabalhos lançados para as crianças. Uma fala em meados de abril, de que faríamos uma escrita de coisas que gostamos, coisas que não gostamos e que também não temos coragem de contar aos pais ou amigos. Embarcamos então para uma história que ao longo do ano teve outro desfecho.
Pedi que escrevessem em uma folha do caderno , não era necessário se identificar. O propósito era para eu conhecer e compreender as crianças que estavam sob minha responsabilidade e auxiliá-las no processo ensino aprendizagem. Pois alguns alunos já haviam sido meus alunos no ano de 2017. Dentre esse alunos, com muita dificuldade de leitura e escrita, pois quando em 2014 realizei um trabalho com alguns na função de professor apoiador (função extinta pelo estado atual).
Ao recolher as folhas, isto era uma sexta-feira, guardei-as para ler no fim de semana. Liberei as crianças para o recreio, mas duas estavam na sala de aula e uma chorando. Me aproximei e perguntei o que houve. Uma das meninas me disse, -sora , ela tá com medo.
Eu ainda não havia entendido sobre o quê. A criança veio então a me abraçar e chorar. Então compreendi o que havia acontecido. Convidei-a para conversar e ela concordou. Perguntei se poderia conversarmos na orientação escolar, lá poderíamos ter melhor compreensão das coisas. A menina ( 10 anos) relatou que vinha sendo molestada por seu padrasto a tempo, sempre no horário que a mãe estava no trabalho. Foi chamado a mãe imediatamente na escola, quando ela chegou, foi recebida pela direção e conselho tutelar. Foi feito B.O , e foi assim que as coisas se sucederam. Após a mãe negou, disse que a criança inventou para proteger o companheiro. O depoimento da criança é rico em detalhes, pedi uma cópia para guardar.
Na semana seguinte, foi acionado o Ministério Público, dando seguimento no caso. Na mesma semana, a mãe transferiu a menina para outra escola do bairro. Fica então uma criança a merce da violência sexual, dentro de sua própria casa.
No sábado fui lendo e a cada leitura identificava alguns, pela letra, desenhos, folha do caderno. Ao ler, fui imaginando a cena descrita, com mágoa e dor como estava escrito. Chorei. Houve um estupro ali naquelas linhas, a criança escreveu como e quando aconteceu e quem era. Fiquei chocada e esperei a segunda feira. Como proceder novamente?
Não consegui identificar quem escreveu, era outro caso. Esperei. Na mesma semana, descobrimos dois casos de abuso sexual, ao meio dia quando estávamos nos preparando para o turno integral, outra aluna se aproximou e disse: -sou eu , a menina da carta. Eu tinha 7 anos quando aconteceu, falei pra minha mãe, mas ela disse que o pai iria matar o sobrinho, filho de seu irmão. Então me calei. Mas não consigo viver com isso, as festas de natal e fim de ano, ele está lá.
Perguntei a ela, se ela me autorizava a falar com sua mãe, ela disse que sim. Conversei primeiro com a orientação escolar, depois chamamos a mãe.
Com a mãe, procedi da seguinte forma, fui conversando com ela sobre as produções textuais e fui mostrando o trabalho de algumas, alguns sorrisos, pois tinha coisas engraçadas, escolhi as que ela deveria ler, pois eu preparei minha estratégia. Eu queria que ela sentisse alegria e ao mesmo tempo se preocupasse com o que sua filha havia escrito, no momento ela parou e já reconheceu a história. Chorou, pois um relato de um filho ao professor dói muito, o professor é considerado um amigo.
Pedimos então a ela que conversasse com a filha, que estava na sala ao lado. Ao vê-la, abraçou-a e pediu-lhe perdão. Foi uma cena forte. A mãe assinou uma ata de que levaria a menina para apoio profissional adequado e que teria uma conversa com o marido.
O retorno que tivemos tempos depois, foi de saber que o marido está preso por causa do tráfico e que não houve conversa nenhuma. Ficou então a menina ( 11 anos) com essa tarefa difícil para enfrentar. A mãe, falu com a orientação da escola que não iria mais a reunião familiares onde o individuo estaria. Hoje com 25 anos e casado ( relato da mãe).
Então ficou assim, eu de olho nas crianças e monitorando de longe.
Em outros momentos , parece que estou no momento certo o até quem diz no momento errado. Um dia comum, fui a turma 5ano B para ver alguns alunos que estavam em minha chanada, mas não estavam presentes, eram alunos novos. Bati na porta como de costume e entrei. Havia uma aluno soqueando outro que estava sentado. A professora estática, então me aproximei e disse para parar. Ele me olhou e reclamou que o "cara não tá fazendo nada" , é para ele parar de ficar rindo. Pedi para ele ir para o outro lado da sala, a professora dele foi para a rua, nesse momento fiquei olhando para ele e ele se aproximou de mim e disse: -sora, tu não sabe nada da minha vida, não sou quem tu acha que sou. E me mostrou uma arma na cintura. Então eu ignorei ele e falei para os outros, vim convidar voces para uma atividade na quadra, está acontecendo um jogo e nossa turma tá esperando. Venham em fila rapidinho pra gente ir jogar. E fui levando as crianças atras de mim... até a secretaria. Quando cheguei lá, disse para eles sentarem e me esperarem.
No retorno a sala de aula, vi que dois brigadianos haviam levado o aluno ( 14 anos) e que a mãe dele estava aos gritos. Ele já havia batido em uma professora na entrada e tinha acabado de dar um soco em outra. A arma ele escondeu, os brigadianos não acharam, não sei se era de brinquedo, também não tive que pensar muito, a ideia e a tirar as crianças da sala em segurança.
Em outro episódio, a professora da sala ao lado se formou, (era estagiária) e a atual entrou em licença maternidade. Os alunos então ficaram uma parte comigo e outra parte na sala do 5A .
A aula ia bem até... que um aluno do 5B que estava conosco, perguntou se eu queria ver um brinquedo que ele tinha na mochila... (droga! pensei outra pedreira!)
Mas mantive a postura e lhe disse: -não, não quero ver! em seguida falei: -quero ver sim! me mostra
O menino tirou da mochila uma base de uma raquete de matar mosquito com dois pregos na ponta ! funcionando, dando choques! era uma arma caseira.
Pedi então para ver melhor e lhe disse: sabe que isso não é permitido né? ...sabia que hoje como está chovendo e tu estás com esse objeto de choque, podes matar uma pessoa com a carga elétrica? que um adulto até pode aguentar um choque, mas uma criança e uma pessoa idosa ou cardíaca não?
Ele então disse que era fraquinho e que não doía. Eu lhe disse então: _ então eu vou testar em mim mesmo... ele ficou me olhando... e ...zzz
Tomei um choque louco! e pedi que ele me acompanhasse a secretaria. Lá conversamos com o diretor e este chamou o pai ( era mecânico). Nunca mais o aluno trouxe essas coisas pra escola. Também não evolui na aprendizagem, só fica de zoeira. Ele é aluno do 5A. Era aluno do 5B.
Muito bem, essas histórias são verdadeiras, se eu estava ou não no lugar errado eu não sei...
Assim como propagou seu educador maior FREIRE " [ ...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar" ( Freire, in Brandão, 1983, p. 101).
São relatos que eu gostaria de ter escrito antes, bem no inicio, mas não estava a vontade, agora estou.

Disciplina eletiva " Matemática"
Foi disponibilizado duas disciplinas para escolhermos nesse semestre. Escolhi matemática para aprender e poder ensinar melhor. Aprendi a trabalhar de outra forma, com mais desenhos, construindo com as crianças o nosso aprendizado, e registrando.
Em nossa feira de ciências, ocorrida no mês de outubro, a matemática nos auxiliou bastante. Medidas, o tempo e a construir nossa maquete no palco.
Desenhar com cubinhos, formas geométricas e malha quadriculada incluirei sempre às aulas. Foi uma experiência muito boa, que eu se tivesse oportunidade de cursar outra graduação, seria a escolhida.
A disciplina escolhida foi para eu incluir com mais eficiência, uma prática feita pouco, da maneira que nos foi apresentada.
O olhar, o ver e o cartografar
Morro do Chapéu, visto de nossa escola
O olhar,
o ver e o cartografar
Realizamos no inicio do
curso, Seminário Integrador, “Retratos da escola”. Lembro-me da professora noz
dizendo que faríamos conexões com esse trabalho ao longo do curso. A proposta
de ver e olhar a escola, em diferentes aspectos de observar e de descrever. O texto, Observação,
registro e reflexão, de Madalena Freire, nos mostram que ao observar nos propõe
duas concepções, ver e olhar. Em sala de aula, temos muitos objetos de estudo,
pessoas, ambientes, situações. Ouvir, olhar, ver, observar e escutar faz parte
da construção de todo o trabalho a ser desenvolvido para uma análise maior. Um
estudo de caso, por exemplo, reunimos todas as informações necessárias para buscar
recursos e futuras intervenções. Já no texto, O
funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo de Virgínia Kastrup, é
semelhante. Apesar de lidar com a observação, descrição, a reflexão é sobre a
análise do objeto e a função que acontece com as reflexões do objeto
cartografado.Pois ela nos explica
sobre quatro variedades da atenção do cartógrafo, o rastreio, o toque, o pouso
e o reconhecimento atento.
Foi pedido para que nós fizéssemos um trabalho fotografássemos
e utilizássemos o aplicativo Evernote para gravar em áudio nossas observações
através da cartografia. Foi interessante, pois em vários momentos, parei para “ver”
e descrever a minha intenção. Também fui traída por uma imagem do Morro do
Chapéu ( podemos enxergar de longe) quando estava descrevendo a paisagem, vi
que a imagem que eu tinha na memória, havia sido tomada por outra imagem do
morro , agora um pouco menor aos meus olhos. Não foi a mesma que observei há
anos.
Bergson
(1897/1990a) afirma que sempre que o equilíbrio sensório-motor é perturbado, há
uma exaltação da memória involuntária. Constantemente inibida pela consciência
prática e útil do momento presente, isto é, pelo equilíbrio sensório-motor,
essa memória aguarda simplesmente que uma fissura se manifeste entre a
impressão atual e o movimento concomitante para fazer passar suas imagens. O
interessante é que o conceito de reconhecimento atento desmonta a noção
tradicional de reconhecimento, pautada na idéia do rebatimento da percepção
numa imagem prévia ou esquema correspondente. A originalidade da análise
bergsoniana é apontar que o processo de reconhecimento não se dá de forma
linear, como um trajeto único ou uma marcha em linha reta. Não se faz através
do encadeamento de percepções ou de associação cumulativa de idéias. O
reconhecimento atento ocorre na forma de circuitos.
Ao realizar essas
práticas de cartografar a escola, sugeri as crianças que também o fizessem,
analisando as filmagens, pude perceber várias passagens no texto tomando forma
através dos relatos e das imagens capturadas.
FREIRE, Madalena. Educando o olhar da observação -
Aprendizagem do olhar. In FREIRE, Madalena. Observação,
registro e reflexão. Instrumentos Metodológicos I. 2ª ED. São Paulo
: Espaço Pedagógico, 1996.
Kastrup, V. O funcionamento da atenção no trabalho do
cartógrafo. Psicologia & Sociedade, 19(1), 15-22, 2007.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Feira X desmotivação + protagonismo = Unir pessoas
Muito bem, sempre fui ativa e não posso ver coisas paradas, no momento que o grupo da feira foi se formando, observei por umas duas semana. Conversei com os colegas do grupo, vimos as turmas que iríamos trabalhar, fizemos um grupo no Whats para trabalhar juntos. O trabalho começou a fluir, as opiniões foram se organizando e eu fui buscando ajustes também fora do grupo.
Busquei apoio de nossos colegas Dóris ( Matemática), João Rodrigo( geografia), Bernadete (Português) , Vera ( curriculo) pois iríamos construir um trabalho, cenários, fantasias , coreografias e um teatro com caixas de papelão e precisávamos que todos avaliassem os alunos a nota deles também sairia da feira ( deu muita discussão na área por causa disso, pois alguns alunos não queriam participar. Me senti uma protagonista em atuar como mediadora de conflitos e de desânimo, mas deu tudo certo. Conversei com os colegas e aos poucos fui tomando a frente, delegando metas e objetivos para nosso grupo. Fiz o cronograma dos ensaios, os temas nós escolhemos juntos, fui mostrando que conseguiríamos e aos poucos foi tomando forma. Os alunos quando vinham trabalhar na sala de aula ou no galpão, no início estavam achando que seria moleza e pouco importante. Foi sendo mostrado que tudo seria feito em conjunto e que eles iriam realizar tudo. Começou um movimento muito bonito de pessoas em prol de um objetivo.
Outra coisa muito importante, foi a escolha da disciplina complementar (matemática) já com a intenção de conhecer como melhorar o ensino no currículo.
Observando o grande grupo de alunos,várias faixas etárias . Pensei em muitas teorias que diariamente se apresentava aos meus olhos. Praticamente todos os teóricos trabalhados no Pead! Foi um grande laboratório de pesquisa, mas eu ganhei muito. Foram dias de observação, os grupos de séries diferentes trabalhando juntos, o que pode ou não influenciar os comportamentos. Por isso colocava diferentes musicas para trabalharem em conjunto. Ouvi algo assim: que música é essa sora? eu respondia , não sei estava no pendrive. ( o que eu realmente queria era deixar que se permitissem gostar de outros gêneros musicais. Mas a turma que eu estaria trabalhando como estagiária era o 5ano C. Mas trabalhamos juntos, combinamos um horário, cada dia seria uma turma juntamente com o 5ano C. Articulei dessa forma, para não prejudicar o trabalho.
" [ ...] ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem coma sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e anunciar"(
(FREIRE, in Brandão, 1983, p.101).
A feira e a escola
Feira de Ciências e Projeto de Aprendizagem
Iniciamos o ano com a temática de trabalhar Mangás animes e games na feira de ciências que acontece de dois em dois anos, através do voto dos alunos. Foi com essa intenção, eleger através do voto, o tema escolhido. Não foi nada fácil, trabalhar com um assunto que em nossa escola, um ou dois professores dominavam. Foi através dele que conhecemos os temas e fomos pesquisando e buscando alternativas de trabalho. Foi mesmo um grande desafio.
Houve várias discussões sobre o assunto, power point para descobrir o que eram. Valeu a pena, incluir-se no mundo dos mangás, animes e games.
Os grupos de trabalho foram eleitos como sempre, sorteio. Iniciamos a pesquisa logo que recebemos o ano que apresentaríamos, ano 2000. Elegemos os dez animes de 2000, as séries mangás e games. Foi um pouco desgastante, pois nós tivemos que adaptar o tema aos conteúdos! Foi massante!
Sugeri então para o grupo, nos games (minecraft), Animes e Mangás (Naruto, Yu gi ho, Deaht note, super heróis).
Fizemos produções textuais, histórias, desenhos no formato de mangás ( inicia pelo fim do livro primeiro o quadrinho da direita, depois esquerda, tudo em preto e branco, Escolhemos a data da mostra da feira, estava tudo indo muito bem até...decidirem realizar a feira no mês de outubro. Na feira se trabalha o tema, mas sem esquecer da pesquisa sócio-antropológica que ficou em segundo plano.
domingo, 16 de dezembro de 2018
Um embate a ser resolvido
Retirei a postagem abaixo, da aula do dia 12/03/2018. Vai exatamente contra o trabalho realizado no estágio. Foi de um curta metragem que assistimos no Pead. As cenas descritas abaixo , mostram exatamente o que pode acontecer em algumas escolas.
Com o Seminário Integrador , podemos observar as mudanças que foram atribuídas ao longo dos estudos. A maneira de se expressar, aprender a ouvir, falar menos ouvir mais. Estou aprendendo isso, com o estágio e a proposta de trabalhar com P.AS, foi de inicio um desafio, desafio agora é parar, acho que não vou conseguir, depois de ter vivenciado tantos momentos importantes .
Gosto de pensar na obra de Paulo Freire (Medo e Ousadia), me identifico com a leitura. Ultimamente tenho sentido medo, as vezes ousadia, pensar fora da caixa!
Tenho refletido o que escrever, como falar, mas também não quero ser artificial, tenho meu jeito de tudo. Se conhecer é importante, saber onde vai também.
segunda-feira, 12 de março de 2018
Nossa primeira aula no seminário integrador, assistimos o curta metragem Escolas Democráticas, no qual descrevo algumas cenas que chamaram-me a atençao.
Escolas democráticas
Crianças descem do ônibus e vão para a escola, bate o sinal.
Passa as horas, períodos, na troca de períodos, as crianças trocam de salas, creio que sejam salas temáticas. Em outro momento do filme, um grande cadeado é colocado na escola, simbolizando assim seu fechamento.
Em seguida aparece outra escola, aulas monótonas, cansativas, alunos demonstrando desinteresse. O professor faz de tudo para chamar a atenção dos alunos, nada funciona. Em outro momento, no corredor da escola, alguns alunos conversam e tem uma idéia, a levam para o professor, que leva a idéia ao diretor e este a coloca no lixo. Dispensa a idéia dos alunos.
Conclusão, os alunos estão na escola para obedecer a ordens, receber conteúdos e não tem o direito de expor suas idéias. Demonstrou uma educação doentia e nada reflexiva, acolhedora e inclusiva.
Com esta reflexão após assistir ao filme, foram desencadeadas várias palavras, na qual escolhi sala temática e desmotivação.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
O Inicio do estágio
Dia 10/09/2018, iniciei o estágio obrigatório na escola Cônego José Leão Hartmann. Está sendo realizado através de metas. Quando iniciei o estágio, não tinha noção do trabalho. Pois o estágio em minha opinião é mais detalhado, há mais teorias a serem pesquisadas. Encontrar a fundamentação teórica para cada momento é trabalhoso, exige persistência e prática.
Com o planejamento em andamento , já tinha um esboço do trabalho, que teve que ser reorganizado através do P.A.S. A compreensão da escolha e curiosidade das crianças que, através do tema escolhido por elas é a linha de pensamento que irão seguir, pude fazer paralelamente o trabalho com os conteudos dos planos de ensino, tudo pela pesquisa das crianças. Construi com elas o que tinham curiosidade em descobrir.
No inicio do estágio tivemos a professora Liliana, nos explicou como seria o trabalho, quais metas a seguir, o que fazer e como fazer. O primeiro passo era ler a obra de Zaballa e compreender para aplicar.
domingo, 24 de junho de 2018
Reflexão para viver bem
Reflexão sobre o momento que estou vivendo e aprendendo
Em primeiro lugar, escolhi a cor desta postagem, pois dizem que as cores falam também.
Nesse momento de minha vida, tenho refletido tudo que tenho aprendido e continuamente vivido. É bom sentir que mudamos, a partir de onde estamos.
Hoje lembrei-me de vários momentos do PEAD, lá no início, desde a minha ligação para saber quando seriam as inscrições para o curso e ver meu nome entre os classificados! Lembro com carinho e respeito, quando o professor Crediné, me atendeu do outro lado da linha e me informou tudo o que eu precisaria para a inscrição do curso, 2014. Me emociono, pois ele nem imaginava, do outro lado eu em recuperação de saúde.
Depois no inicio, a minha leitura pesada, pois tive dificuldades para estudar, mas fui em frente. Apoio de professores e colegas queridos que tive, que bom, obrigado.
As aulas do Seminário Integrador, os tutores, os computadores!
Fomos nos conhecendo, as teclas já falavam , bastava organizar as ideias.
As aulas práticas nas disciplinas, tenho memórias de várias, as aulas da disciplina de música, chocolate!
De corporeidade, jornal rasgado!
De libras, coisa boa descobrir!
De matemática, medir a sala do Pead!
De Ciências, diálogos e experiências citadas!
De psicologia, descobrir que é normal, acho!
De linguagem, falar, ouvir e sentir!
Escrever, enfim pensar, refletir.
terça-feira, 19 de junho de 2018
TCC
Tenho pensado em como iniciarei este trabalho, como farei, o que realmente procuro com esse trabalho, o que importa na verdade. Como saber o caminho? Tenho me angustiado em como iniciar, Quem observar, sei lá..
No estágio pedi para observar o 5 ano, quero tentar enxergar um esboço que está embaçado em meus olhos, algo me diz que o caminho é esse. Essa turma eu tive a oportunidade de trabalhar com alguns deles em 2014, no 2ºano, depois no 4ºano e agora 5ºano. Há reprovados, por isso penso em escrever sobre suas trajetórias. Tem um que aprendeu a ler o ano passado, e outra aluna que está se apropriando da leitura e escrita. Não sei ainda o que fazer, são só pensamentos.
Quero ler melhor o que não consegui apreciar, gosto de ler, mas o tempo é que é, mas vamos em frente!
Nem tudo são flores
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Nem tudo são flores
Afinal, o que é para avaliar quando nos pedem para avaliar dentro do padrão e tudo mais? o que fazer quando temos um trabalho e sabendo que é de nossa responsabilidade avaliar ou pelo menos aprender a avaliar o trabalho de alguém que sabe mais do você?
Pelo menos eu penso assim, avaliar alguém é dificil, usar palavras que não o ofendam, não o magoe mas que demonstre que voce leu e que voce vai fazer o que seu professor lhe pediu nas entrelinhas a serem preenchidas. Sem mentiras, hipocrisia, avaliar pra mim, não é avaliar um colega, se gosto dele ou não, se amo ele ou não amo, se odeio ou não. Avaliar um trabalho, é analisar o contexto da análise, não do coleguismo, é muito mais, é etica.
Avaliar para mim é avaliar conforme o que nos foi proposto. E que bom se alguém parar e ler cada linha que escrevi naquele texto sobre a "reunião de professores com o diretor da escola", que bom que esse alguém tivesse apontado o que não sei, eu ficaria muito feliz, se a pessoa que avaliei avaliasse o que fiz e não me criticasse e ofendesse que a ferrei no trabalho. Que decepção, para mim tu era brilhante, agora não és mais. Obrigado novamente, foi assim que respondi no fim da crítica e com aplausos. Nem tudo são flores para uma mulher de 45.
sábado, 16 de junho de 2018
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Relato
e analise de práticas reflexivas envolvendo a linguagem
Ao
iniciar essa atividade de relatar experiências em que as crianças estão no
processo de aquisição da linguagem, lembro-me de quando meus filhos eram
pequenos e eu não tinha este conhecimento das teorias. Refiro-me há 22 anos, no
qual me tornei mãe. Na atualidade sou avó de um menino de 1 e 8 meses, tenho
analisado seu desenvolvimento, apropriação e aquisição da linguagem descobrindo
na prática as teorias.
No
inicio, lembro-me de minha filha balbuciar pu-pu aos quatro meses, acenar para
as pessoas dando tchau e ficando de pezinho aos cinco meses no meu colo. Eu
sempre cantei e fiz sons para meus filhos se acalmarem, melodias, cantorias. No
entanto eles acabavam repetindo o som para dormirem, cantavam junto. Faço isso
até hoje com meu neto. Ele também reproduz o som que canto pra ele. Em um
momento da infância de meu filho, eu achava bonitinho ele falar errado, trocar
as letras, o Z pelo V. Não tinha noção do que estava lhe proporcionando, uma
fala errada e que depois fosse um pouco difícil de fazê-lo falar certo. Hoje eu
compreendo que fiz errado e não repito o erro, ensino a palavra certa. Meu
filho dizia ZÓ, ao invés de VÓ e nós achávamos bonito, lindinho.
Hoje fui ao chá de fralda de minha futura neta, e havia crianças brincando, e também brigando pelos brinquedos que estavam disponíveis para brincarem. Estavam sob o tapete e eu as observava, meu neto 1 ano e 8 meses , um amiguinho 2 anos e 3 meses, e uma menininha de 4 anos. Brincavam juntos, os meninos evidenciavam a palavra final de suas frase com a útima dilaba da palavra em evidencia. Um dizia para o outro: pe o pat, pega o pato! o outro respondia o exe ! pega o peixe.
Havia um pato e um peixe de brinquedo, um carrinho e outras coisinhas, mas os brinquedos disputados e a comunicação se deu em torno desses brinquedos. Pensei bastante nas teorias e no que estou aprendendo.
Empoderamento
Político
A
expressão “empowerment” (dar poder) foi empregada pela primeira vez em 1977
pelo psicólogo norte-americano Julian Rappaport. No Brasil, na década de 1980,
foi traduzido pelo educador Paulo Freire e ganhou um sentido um pouco
diferente. Para Freire, não se dá poder a alguém, mas a si próprio.
É
preciso pensar o universo em que os educandos vivem a cultura em que está
inserido, o lugar de trabalho, levantar dados juntamente com a comunidade a ser
educada e construir a alfabetização a partir do conhecimento de suas realidades
para somente depois aprofundar na formação de novas palavras, novos
conhecimentos. Pois esse diálogo é muito importante, através das falas
constroem-se caminhos para o conhecimento, valorizando as vivências
oportunizando o aprendizado. Os estudantes da Eja vêm com intuito de aprender
muitas coisas, mas as vezes o ambiente não proporciona um bom aprendizado. Falo
da falta de segurança que existe nas periferias aumentando a evasão escolar.
Tem uma série de fatores que barram a tentativa dos educandos continuarem na
busca pela formação. Há algum tempo, tivemos um furto em nossa escola, levaram
os equipamentos eletrônicos, então o gasto será par melhorar a segurança e
depois a reposição dos materiais. Além de querer estudar, as pessoas também tem
que lidar com estes problemas da nossa sociedade.
Melhorar a estrutura, começa com a segurança das escolas. Sem segurança não se dá oportunidade aos alunos terem acesso as tecnologias, com planejamento de uma estrutura organizada sim.
sexta-feira, 15 de junho de 2018
Entrevistas da EJA
Tivemos bastante trabalho para realizar as entrevistas da EJA. Tempo ruim, chuva, frio..família..atividades escolares, planejamento e pareceres, conselho de classe.
Gostei muito de observar as turmas da EJA da E.E.E.M. Cônego Leão José Hartmann, escola no qual trabalho durante o dia.
Foi maravilhoso ter essa experiência, observar, escrever, descobrir e aprender!
É gratificante ver os colegas que trabalham durante o dia, terem pique e criatividade para trabalhar na EJA com tanto entusiamo.
Colegas MARAVILHOSAS!
Diuli,Camila,Cris e eu
Obrigado por me auxiliarem na entrevista sobre a EJA
segunda-feira, 4 de junho de 2018
SALA DE AULA É LUGAR DE BRINCAR?
POR UMA PEDAGOGIA DO BRINCAR
No dia 21/05/2018 na segunda feira não pude comparecer a aula. Então fui a aula de quarta feira dia
23/05/2018.
Aprendi várias coisas...brincadeiras do SIM e do NÃO
Ham Sam Sam ( atenção e coordenação motora)
Jogo bola da vez ( só vale coisas boas)
Aprendi que brincando descobrimos muitas coisas, através da perguntas se observa muito. A professora realizou algumas brincadeiras com o grupo, foi muito divertido. Eu adoro brincar,tenho uma personagem que inventei em 2002, quando meus filhos eram pequenos. De vez em quando a personagem aparece em sala de aula para brincar com as crianças, afinal a Oreo só tem 7 anos. Ela gosta muito de brincar e fazer novos amiguinhos, só que é muito arteira o que seus amigos adoram.
Mas voltando ao tema da aula que tivemos, foi muito proveitosa, proporcionou momentos de descontração e alegria!

Influências na educação
A educação
está sendo um desafio, os métodos a serem trabalhadas, novas práticas
alicerçadas a teorias inovando a educação obtendo resultados. De acordo
com Japiassu (1994), “o especialista se reduz àquele que, à causa de saber
cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada”. Relacionando
a fragmentação do ensino e de saberes individualizados, a falta de
interdisciplinaridade em área distinta, detendo o conhecimento sem compartilhar
saberes.
É
por isso que o interdisciplinar provoca atitudes de medo e de recusa. Porque
constitui uma inovação. Todo o novo incomoda. Porque questiona o já adquirido,
o já instituído, o já fixado e o já aceito.”( JAPIASSU, p. 48-55).
Através
das influências do Taylorismo, nasceu o Fordismo , método melhorado para
trabalhos em escala e produção ocasionando mudanças ao longo da história . Após,
veio o toyotismo , sistema para melhorar a produção otimizar o tempo dando importância ao trabalho em equipe, produção sem estoque,
participação de todos nas tomadas de decisões à informatização e tecnologia,
surgiu após a crise do fordismo.
As
práticas baseadas no fordismo na educação não foram diferentes, impedia de o indivíduo
ter reflexão crítica e realizar escolhas. Contudo as pessoas foram perdendo sua
autonomia, aceitando o sistema. As disciplinas sendo trabalhadas isoladamente,
não tendo conexões com a realidade dos alunos, mantinham apenas a ordem em decorar,
não contribuindo para o aprendizado e conhecimento, e os discentes em dar-lhes
a nota e discipliná-los, preparando-os
para mão de obra funcional.
Desde o início do século XX, John
Dewey, um dos fundadores da Escola Ativa, critica as instituições de ensino que
obrigam os alunos a trabalharem com uma excessiva compartimentação da cultura
em matérias, temas, lições e com grande abundância de detalhes simples e
pontuais. O resultado é que, como estratégia para sobreviver nas salas de aula,
meninos e meninas passam a acumular em suas mentes uma ―sobrecarga de
fragmentos sem conexão uns com os outros, que só são aceitos baseados na
repetição ou na autoridade‖ (Dewey, J., 1989, p. 159).
Contudo, Santomé faz uma analogia
entre a fábrica e a escola onde somente cada empregado é responsável pela sua
área, não há necessidade de aprender além do que precisa. Entende-se
que a educação tem movimentos, está fragmentado, está em construção desde a
metade do século xx, e como estamos vivenciando o século XXI, é um desafio para
nós educadores educar sem conhecer. Tantas teorias, lutas e conquistas, estão
ensinando o quê? Um currículo oculto.
Bibliografia
DEWEY, J., 1989, p. 159
JAPIASSU, Hilton. A
questão da interdisciplinaridade. Revista
Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p.
48-55, 1994.
SANTOMÉ,
Jurjo Torres Jornal a Página da Educação nº 87 - Janeiro de 2000, pg. 11
EJA

Uma conversa na sala de professores...
Um dia desses, na hora do intervalo, encontrei uma colega que há tempos eu não via. Nesse dia ela veio mais cedo para organizar a aula a noite. Após dialogar com ela que trabalha em nossa escola e também dá aulas no presidio de Canoas, pude saber que o sistema prisional também exerce um papel importante na educação, a partir do relato da colega. Perguntei como ela ministrava as aulas no presidio, se era através da cela, ela disse que não, que os interessados participam, pois também há a diminuição na pena, mas também ouvi dela que alguns preferem não passar pois asim não teriam o que fazer, pois para alguns a pena é longa. Vendo por esta ótica, sinto que as pessoas que lá estão, claro muitas vidas e escolhas erradas. Mas cada pessoa é responsável por seus atos, isto define a todos. Mas voltando ao tema, soube também que o processo de escolarização ocorre em três níveis: alfabetização (muitos não sabem ler e escrever), EJA( fundamental) e EJA(ensino médio) se dá em um ano, cada modalidade. perguntei sobre as avaliações , ela mencionou que através de provas. Perguntei-lhe sobre o enem, ela disse que fazem sim, mas não entram pois a basa dos estudos em EAD é a informática e não é liberado aos presos, por isso não há como fazer ensino superior. Este é outro lado da Eja, que eu desconhecia.
EJA

EJA
Os
estudantes da EJA trazem consigo vivências, escolhas e sonhos. São jovens e adultos
em um mesmo espaço, estudando, aprendendo e vivendo. Em diferentes classes
sociais, a EJA proporciona a integração das pessoas, respeitando opiniões e
propondo desafios. Os alunos da EJA, jovens, adultos e idosos, encontram na Eja
o suporte necessário para seguir com planejamento de vida. A Eja proporciona
aos alunos, estudar o tempo perdido, recuperar espaço na economia e vida
social, alavancar a carreira escolhida ou simplesmente expandir seus
conhecimentos. O maior desafio é encontrar esses alunos dispostos a recuperar
esse tempo, esse espaço social no agora.
Igualmente o Parecer CNE/CEB nº 11
(CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2000), das Diretrizes Curriculares para a EJA
descreve essa modalidade de ensino por suas funções: reparadora, pela
restauração de um direito negado; equalizadora, de modo a garantir uma
redistribuição e alocação em vista de mais igualdade na forma pela qual se
distribuem os bens sociais; e qualificadora, no sentido de atualização de
conhecimentos por toda a vida.
domingo, 29 de abril de 2018
Trabalhos, debater com si mesmo pode?
Então, estou lendo os textos, realizando anotações e refletindo. Estou lendo Pedagogia da Esperança - Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Me vejo em algumas situações, pois não terminei de ler a obra, provavelmente que eu irei ler novamente. Em um trecho do livro, Paulo Freire faz uma descoberta de si mesmo, não irá mais advogar. Decide que irá seguir ser educador.
Fiquei refletindo...e eu? o que eu quero? continuar lutando até descobrir que a missão inacabada de Paulo precisa de pessoas com vontade de ser. Poi é querer ser educador não é brincadeira, e para quem já é, um desafio.
A responsabilidade em alfabetizar, não é apenas ensinar a ler, mas ensinar a compreender o que está lendo. E através do conhecimento dessa leitura entender a mensagem. Apresentar o mundo aos alunos em um livro, pode ser monótono, mas tirar do livro o mundo e entregar ao aluno, é motivador.
domingo, 22 de abril de 2018
Empoderamento
Dentro
do amplo referencial Freireano, é importante realçar que o empoderamento não é
apenas um ato psicológico, individual, mas um ato social e político, pois o ser
humano, para Freire, é intrinsecamente social e político, é pessoa=relação. A própria
consciência é sempre social, já a partir da própria etimologia: scire - saber e
cum - com (GUARESCHI, 2006). Em muitos de seus escritos, Freire afirma que não
acredita numa autolibertação, mas que a libertação é sempre social e coletiva: Mesmo quando você se sente, individualmente,
mais livre, se esse sentimento não é um sentimento social, se você não é capaz
de usar sua liberdade-recente para ajudar os outros a se libertarem através da
transformação da sociedade, então você só está exercitando uma atitude
individualista no sentido do empowerment ou da liberdade. (1986, p. 135)
Em todas
as leituras, percebe-se o ato de lutar para se letrar através de nosso conhecimento.
Não apenas alfabetizar-se, mas conhecer-se. Descobrir-se como protagonista
deste ler o mundo, ter coragem para lutar a favor da democracia. Quarenta horas
de Angico e sem cartilha, em 1963 demonstrou a idéia de que podemos sim ir
além. Alfabetizar letrando , ensinar aprendendo e ouvindo as vivências.
Práticas que atuam na sala de aula, alfabetizar partindo da realidade do
educando, trabalhar o que também as crianças conhecem. Pois o trabalho de Paulo
Freire não é só para adultos, é também para alfabetizar crianças.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Reflexão Escolas Democráticas

Escolas
democráticas
Crianças
descem do ônibus e vão para a escola, bate o sinal.
Passa
as horas, períodos, na troca de períodos, as crianças trocam de salas, creio
que sejam salas temáticas. Em outro momento do filme, um grande cadeado é
colocado na escola, simbolizando assim seu fechamento.
Em
seguida aparece outra escola, aulas monótonas, cansativas, alunos demonstrando
desinteresse. O professor faz de tudo para chamar a atenção dos alunos, nada
funciona. Em outro momento, no corredor da escola, alguns alunos conversam e
tem uma idéia, a levam para o professor, que leva a idéia ao diretor e este a
coloca no lixo. Dispensa a idéia dos alunos.
Conclusão,
os alunos estão na escola para obedecer a ordens, receber conteúdos e não tem o
direito de expor suas idéias. Demonstrou
uma educação doentia e nada reflexiva, acolhedora e inclusiva.
Com
esta reflexão após assistir ao filme, foram desencadeadas várias palavras, na
qual escolhi sala temática e desmotivação.
Posso
ver nossa escola retratada nesse filme que assistimos. No momento estagnada em
conceber um projeto parado com menção de
produtivo, mas que não vi ainda funcionar. Infelizmente a vejo assim,
suas salas sem atrativos esperando os educandos, já desmotivados pelo ano
anterior.
Na visão de Freire (1981) a educação bancária
não estimula. Pelo contrário, sua tônica reside fundamentalmente em matar nos
educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade. Sua
disciplina é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a
indispensável criticidade (p. 8).
Freire defende ainda um currículo
intrinsecamente motivador, que leve à reflexão, ao desenvolvimento do
pensamento crítico, defendendo uma configuração curricular baseada na abordagem
de temas, de problemas reais, através do que denominou de Tema Gerador, no
sentido de discutir a realidade vivida, tendo a vida pregressa do educando como
ponto de partida (FREIRE e SHOR, 1986; FREIRE, 1987). O Tema Gerador é obtido
através do processo de investigação temática (FREIRE, 1987).
O
que me motiva é que saber que nossa escola é pioneira em pesquisa sócia
antropológica e que eu tenho autonomia para trabalhar em sala de aula.
Realizamos sim a pesquisa, no momento está estagnada. As coisas não andam,
parece o filme a mesmice e um grande cadeado no portão. È muito lindo quando
funciona, tu tens uma pergunta desencadeadora, a comunidade no centro e as
falas das famílias, elege-se então uma que nós nos desacomodamos e então nasce
o tema gerador de FREIRE. Fazemos então uma busca em cima do tema gerador,
trabalha-se a mensagem da comunidade e tenta-se dentro da realidade vivida
compreender o pensamento que se forma nessa geração que foi abordada e cria-se
o método para o ensino. Sendo o currículo flexível, encontramos respostas e
juntamente com a área e turno integral, trabalhamos dentro das temáticas
abordadas e juntos articular soluções.
Juntamente
com tudo que ocorre, não podemos deixar de lado que cada educando tem uma
história, uma vida, uma família e tudo que ocorre em sua vida refletem na
escola e em seu futuro. Destaco a desmotivação
dos educandos por não ter uma boa relação
afetiva com seus professores ou família.
O
que nos reporta para as leituras realizadas ao longo do curso sobre os três
pensadores que com seus estudos sobre o pensamento das crianças, o
desenvolvimento e inteligência. Cito, Lev Vigostki , Jean Piaget e Henri
Wallon.
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